25 novembro 2007

Imprensa, blogs e a guerra da informação

O proliferação dos blogs permitiu um acesso à informação jamais visto antes deste fenômeno surgir. Hoje qualquer pessoa - até este reles blogueiro que aqui martela o teclado - pode emitir suas opiniões e fazê-las chegar a um universo incalculável de leitores.
Porém, o que acredito ser o diferencial deste veículo, é a informação até então restrita nos bastidores do meios de comunicação em relação ao foco que fatos e notícias possam despertar na sociedade. O que quero dizer é que, muito embora existam blogs dos mais diversos assuntos (de comportamento a culinária, de esportes a cultura, de blogs pessoais a esoterismo, turismo, ciência, etc...) nada é mais importante do que os que tratam de política. Isto por que nenhum outro assunto possui um poder tão manipulador quanto os interesses que os meios de comunicação exercem sobre os leitores.
E nessa guerra de informação, os blogs tornaram-se trincheiras vitais a desmascarar fatos que seriam impossíveis de serem publicados ou veiculados na grande imprensa. Mesmo que um jornalista seja ideologicamente contra a linha editorial da empresa que o emprega (e neste ponto não sei se eu fosse jornalista como poderia viver em paz com minha consciência), ele é obrigado a se enquadrar senão é demitido.
Para quem acessa diariamente vários blogs, é fácil identificar uma guerra de informação e ideologia. De um lado estão jornalistas como Mino Carta, Paulo Henrique Amorim, Pedro Dória. Do outro, Reinaldo Azevedo, Olavo de Carvalho, Ricardo Noblat. Não sei se Arnaldo Jabor e Diogo Mainardi possuem blogs - que com certeza fariam parte deste segundo grupo - muito embora não precisem, já que cumprem à risca o papel a eles delegados pelas empresas para quem trabalham e recebem seus salários (Globo e Veja, respectivamente).
Mas há um jornalista que me chama a atenção pela coragem, embasamento e clareza com que escancara a manipulação dos pesos-pesados da informação (!?). Em seu site , Luiz Carlos Azenha desmascara muito dos bastidores da guerra da informação a que somos submetidos diariamente.
Não há como não ficar indignado ao supor que o que lemos/vemos é apenas notícia factual.
Os blogs vieram para ficar. Há quem diga inclusive que eles serão o futuro modelo do jornalismo eletrônico. Eclético e democrático. Levando a informação sem atalhos ou servindo a interesses corporativos das empresas de comunicação.

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