13 novembro 2007

Era uma vez...

...um homem que batera à porta de uma casa. Era a casa de um médico, desses que exercia a profissão quase como um sacerdócio. Ao abrir a porta, o médico pergunta ao homem: "Pois não, em que posso lhe ajudar?". O homem, muito abatido e com a expressão sofrida, olha para o médico e responde:"Eu preciso muito, muito mesmo de sua ajuda..."
Percebendo o grau de perturbação em que se encontrava o sujeito, o médico então convida-o para que entrasse em sua casa. Já sentados, o médico, de maneira solidária volta a perguntar: "E então meu amigo, como posso lhe ajudar?".
O homem demonstrando um terrível estado de dor, desaba:" Eu preciso...muito de uma palavra sua. Sou uma pessoa no limite de minha existência. Sem norte, sem caminho... não vejo mais sentido no viver."
Procurando entender a angústia por que passava o pobre homem, o médico passa a falar-lhe serenamente: " É... vejo que você não está nada bem. Mas olhe... eu...eu poderia lhe dizer várias coisas. Poderia aconselhá-lo de várias maneiras. Mas creio que possa haver uma outra forma de que isto seja feito. Nesta cidade há um circo se apresentando. E neste circo, há uma trupe de palhaços com números geniais. Um desses palhaços se destaca, fazendo uma performance extraordinária. Muito especial. Sublime. Tenho certeza que ao assistir sua apresentação, você verá algo que vai tocar profundamente sua alma e seu coração. Acredite em mim. Vá até este circo e assista a este palhaço. Tenho certeza que você sairá deste espetáculo um outro homem. E um novo sentido se fará presente em sua vida."
O homem que ouvia em silêncio e cabisbaixo à fala do médico, ergue a cabeça, olha-o e murmura resignando:"Mas senhor...eis aí o grande problema". "O quê ?", pergunta o médico.
Já com lágrimas nos olhos, o homem revela:" É que eu... eu sou aquele palhaço."

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