30 maio 2007

crônica policial

...e não é que o caso do roubo dos fios aqui foi parar na página policial d´O ATIBAIENSE???!!!
qualquer hora eu publico a nota.

28 maio 2007

enquanto isso na Bananalândia...

O presidente do senado, Renan Calheiros conseguiu uma façanha hoje à tarde. Entupiu o plenário em plena segunda-feira para explicar - e na minha modesta opinião não convencer - as acusações da revista Veja (que eu abomino mas que às vezes acerta no alvo com precisão e procedência) sobre suas ligações perigosas com um lobbista amigo e sua assistência à ex-amante. Tudo por causa de um coito extra-conjugal com consequências imprevistas: uma filha. Realmente o poder feminino revela-se avassalador em certos casos. Vem chumbo grosso aí. Ou o nobre senador acredita cairemos na farsa deste teatro de fantoches?

26 maio 2007

crítica e indignação

O texto abaixo (bem como a ilustração) foi copiado do comentário de um bloggeiro em postagem do blog de Marcelo Tas sobre a Operação Navalha. Achei tão lúcido e contundente que achei por bem homenagear seu autor postando-o aqui.
por Roberto Sampaio (São Paulo)
As instituições todas no Brasil, e só não vê quem não quer, estão podres e fétidas há muito tempo. Estamos, mais do que nunca, sendo comandados por gangues que se instalaram no Poder e ocupam todas - eu disse todas - as suas esferas. Eu não respeito essa gente e esses simulacros de instituições que eles, com um cinismo canhestro e mal disfarçado, dirigem. Eu não respeito bandido, pois não respeito a quem não nos respeita. Estivéssemos vivendo sob a égide da civilização, e calhordas como esses que nos comandam estariam devidamente presos, estariam a pagar pelos roubos e canalhices de toda sorte que diariamente praticam bem na nossa cara. Eu, se carregasse o imundo sobrenome de qualquer um desses boçais, morreria de vergonha. Somos uma pátria dividida hoje em dia: um tanto constituída por bandidos e outro tanto por ignorantes e irremediáveis bundas-moles. Nessa pasmaceira em que nos encontramos, muito pouca coisa se salva, infelizmente. O Brasil está em franco processo de decomposição

missão cumprida (da nossa parte)

A casa caiu pro ladrão. Pois é, depois de cerca 500 metros (!!!) de fios roubados cínica e ousadamente , finalmente conseguimos. Com a inestimável ajuda do André (que identificou o ladrão dentro do sítio enquanto ele fugia levando mais um rolo de fios roubados), uma operação que envolveu uma caminhada de reconhecimento no meio do mato e a PM acionada, o cara foi preso em flagrante. Mas é bom deixar bem claro que isso só foi possível por que não só insistimos muito para a vinda da PM, como eu tive que liderar os PMs até o local (um sítio invadido!!!) onde mora esse vagabundo. Somente assim, pois numa das vezes (este cara agiu 5 vezes até que fosse descoberto) que tivemos os fios roubados, mesmo com todas as suspeitas em cima do tal fulano e dando todas as indicações sobre o local, eles (a PM) afirmaram que quando lá chegaram na casa estava fechada sem ninguém (!). Estranho isso. Será que foram mesmo ? Se tivessem ido teriam certamente encontrado a mesma evidência com que nos deparamos: a prova do crime (fios de cobre prontos para serem derretidos e posteriormente vendidos). Se essa prisão vai resolver o problema ? Com a palavra a "senhora" justiça que solta esses filhos da puta numa desproporção absurda em comparação ao feito de conseguir prendê-los. Isto por que não é casa ou o sítio deles que foi roubado. Uma coisa é certa, estou muito aliviado pelo fato de minhas suspeitas terem se confirmado. Enquanto rola o inquérito este sujeito vai pensar duas vezes antes de agir aqui dentro novamente. Já o prejuízo do roubo...

23 maio 2007

memorabilia

Hoje foi uma daqueles dias...introspectivo, chuvoso por fora e por dentro...um dia que seria perfeito pra ouvir Beatles tendo na memória muitas imagens passando na janela do trem da minha vida. Mas assistir ao dvd do show dos Mutantes em Londres (30 anos depois...) igualmente acabou resultando em cultivar bastante este meu estado d´alma. Imagens e sons que não apenas quase me fizeram chorar, por que de fato fizeram. Muitas são as lembranças e reminiscências especiais (ainda que na sua simplicidade) que às vezes até por auto-defesa tento evitar, controlando a emoção. Mas quando não tem jeito elas vêm e ocupam os labirintos do tempo. Esquecidos ou abandonados, vêm à tona e com a auto-defesa vulnerável, vão se tornando presentes na mente, tomando conta numa vontade quase involuntária de me entorpecer por elas. É uma coisa muito sagrada e guardada no velho baú virtual. Afinal, são 50 anos de arquivos armazenados no HD de meus neurônios. Aliás, por falar nisso, esse programinha (alô, Marcão te devo mais essa) recém conhecido (isohunt-torrent) foi a gota d´agua, com seus mega-arquivos repletos de sons da fauna dinossáurica do bom e velho rock (em todas as suas variantes), repaginados com tecnologia digital. Agora por exemplo enquanto escrevo, estou estourando meus ouvidos ao som de Iggy Pop & the Stooges. Uma sonzeira dos primordios do movimento punk. Ahh, quanta falta me faz minha rebeldia espontânea e inocente do passado que não volta mais. Nostalgia? Talvez... mas por que não? Isso é meio inevitável tendo eu pisado pelos caminhos que escolhi ou fui levado. Perguntei ao Bilé como ele faz pra administrar isso. Essa ausência, da vida louca agora sepultada. Esse repertório de capítulos deixado pra trás. Ele respondeu que atualmente está escrevendo. Que está registrando tudo. Talvez seja uma alternativa. Mas no meu caso, mesmo sendo um ilustre desconhecido, mais valeria ter um "ghost-writer" onde eu pudesse ficar horas narrando minhas aventuras e desventuras. É muita coisa, muito detalhe e muitas passagens ao longo dessa estrada. Brasil anos 70, Londres early 80´s. Esquece, Afonso. Você tem um moleque de 1 ano e tal. Caia na real. Eu sei que esse é o mote do momento presente, mas às vezes...bem às vezes "is just too hard to handle". Ainda bem que como bom aquariano, minha tendência é quase não olhar pra trás. Exceto em dias como o de hoje.

22 maio 2007

que porrada...

O Detran me nocauteou. Recebi 8 meses de punição por "reincidência" e assim ficarei sem poder dirigir neste período. Isto por que desta vez acumulei 7 míseros pontos (pontuação gravíssima) no meu prontuário em adição aos pontos adquiridos 5 (eu disse CINCO) anos atrás !!! Perguntei à atendente que me comunicou a punição, porque só 7 pontos dariam margem para a punição. Resposta dela: por que como reincidente esta pontuação é multiplicada por 3 resultando nos 21 pontos totais. Hummmm certo....

19 maio 2007

Salve-se quem puder !

Depois das operações Anaconda e Hurricane deflagradas pela Polícia Federal, caiu o último bastião de resistência da moralidade e da ética na vida deste país. Com o envolvimento de altos escalões do judiciário em escândalos de corrupção e formação de quadrilhas, finalmente completa-se o quadro em que o país é exposto a uma condição vergonhosa e vexatória em termos de honestidade. Aqui o que impera é a lei do cão na terra de ninguém. O negócio é roubar, roubar e roubar.
Como já foi abordado neste blog, diariamente somos entupidos com toda sorte de notícias no campo policial. Um cardápio extenso e variado de crimes que pipocam aqui e ali nos quatro cantos do país. Não bastassem os bandidos e a polícia bandida (a banda podre que disputa com os criminosos (ou a eles se alia) seu espaço no crime, sob a proteção da farda, do distintivo ou simplesmente da arma), agora temos juízes desembargadores e ministro (ou seriam ministros?) do poder judiciário querendo tirar seu quinhão no banquete (mais próprio seria chamar bacanal ou orgia) dos espertos. Não é à toa que o Maluf sempre bradou aos microfones da mídia bajuladora que nunca foi condenado das acusações e processos contra ele. Pudera! Quanto dos valores arrecadados em negociatas e superfaturamentos não teriam alimentado o caixa deste ou daquele juiz, desembargador ou ministro? Que belo Brasil é este que meu filho estará crescendo e vivendo. E quanto àqueles que dizem que não basta reclamar, que o povo (!) tem que agir, tem que se manifestar, tem que protestar e exigir que este estado de coisas seja combatido, só tenho uma coisa a dizer: esta anedota é tão velha quanto a do papagaio ou a do português.

15 maio 2007

Brinquedinhos


Já que o desarmamento são favas contadas e a polícia não age à altura para dar proteção a quem precisa, eu ficaria muito satisfeito se pudesse estar no lugar destes americanos e receber com carinho os vagabundos que andam roubando fios aqui no sítio.

13 maio 2007

A Igreja Católica e Joseph Ratzinger

Não sou praticante de nenhuma religião, preferindo um caminho próprio de tentativas (e incertezas) espiriruais. Fé é um assunto complexo para eu entender e processar. Ainda criança, apesar de viver em um país de predominância católica - religião praticada tradicionalmente por minha família - inexplicavelmente me recusei a fazer primeira comunhão. Uma atitude mais de rebeldia infantil do que qualquer outro motivo.
Como quer que seja, no final da década de 80, tive o privilégio de conhecer o franciscano frei Leonardo Boff (hoje ex-frei). Foi ele quem batizou - seguindo a tradição ou talvez num ato "pró-forma" , afinal pra filho a gente sempre deseja o melhor, no caso as bênçãos divinas - meu filho Pablo em Cajamar. Ele vestia um lindo poncho tipicamente tecido por índios guatemaltecos, com cores vibrantes e um terço grosso de madeira com crucifixo em volta do pescoço. Sua barba, menos esbranquiçada do que na foto ao lado lhe dava um ar solene e suas palavras eram ditas pausadamente - como a maioria dos padres - mas com um profundo significado nelas contido. Algum tempo depois li nos jornais que Leonardo Boff fora punido pelo Vaticano por suas idéias à frente da Teologia da Libertação. O autor da punição: Joseph Ratzinger. Desde então, nunca fui mais com a cara deste Ratzinger. E quando ele se tornou Papa foi para mim uma tremenda decepção. E uma razão a mais a reforçar minhas discordâncias entre religião e os caminhos do homem.

Segue texto de Leonardo Boff publicado na seção "Opinião" na Folha de S. Paulo de hoje.

Bento 16 e a guerra na igreja

Existem duas posições claramente opostas que, na prática, podem se entrelaçar.


LEONARDO BOFF
ESPECIAL PARA A FOLHA

As guerras não existem apenas no mundo. Dentro da igreja há também uma guerra de baixa intensidade. Ela faz muitas vítimas, com os instrumentos adequados da guerra religiosa, escondidos sob palavras, não raro, piedosas e espirituais. Só para dar um exemplo pessoal: quando fui condenado pelo então cardeal Joseph Ratzinger em 1985 por causa do meu livro "Igreja: carisma e poder", foi-me imposto o que ele denominou de "silêncio obsequioso". Esse eufemismo implicava muita violência: deposição de cátedra, remoção de editor religioso da Vozes, da redação da "Revista Eclesiástica Brasileira", proibição severa de falar, dar entrevistas, escrever e publicar sobre qualquer assunto. Objetivamente "obsequioso" não possui nada de obsequioso. O mesmo ocorreu com o teólogo da libertação Jon Sobrino, de El Salvador, condenado em fevereiro deste ano. Recebeu apenas uma "notificação". Esta inocente palavra, "notificatio", esconde violência porque ele não pode mais falar, nem dar aulas, conceder entrevistas e acompanhar qualquer trabalho pastoral. O vitimado por uma condenação é "moralmente" morto, pois vem colocado sob suspeita geral, tolhido, isolado e psicologicamente submetido a graves transtornos, o que levou a alguns a terem neuroses e a um deles, famoso, perseguido por idéias de suicídio. Nós fomos, no mínimo, caçados e anulados, pois um teólogo possui apenas como instrumento de trabalho a palavra escrita e falada. E estas lhe foram seqüestradas, coisa que conhecemos das ditaduras militares. O que foi escrito acima parece irrelevante, pois é algo pessoal, mas não deixa de ser ilustrativo da guerra religiosa vigente dentro da Igreja. Nela o então cardeal Ratzinger era general. Hoje como papa é o comandante em chefe. Qual é este embate? É importante referi-lo para entender palavras e advertências do papa e a partir de que modelo de teologia e de Igreja constrói o seu discurso. Dito de uma forma simplificadora, mas real: há na igreja duas opções claramente opostas, o que não impede que, na prática, possam se entrelaçar. Face ao mundo, à cultura e à sociedade há a atitude de confronto ou de diálogo. A partir da Reforma no século 16 predominou na Igreja Católica romana a atitude de confronto: primeiro com as Igrejas protestantes (evangélicas) e depois com a modernidade. Face à Reforma houve excomunhões, e face à modernidade, anátemas e condenações de coisas que nos parecem até risíveis: contra a ciência, a democracia, os direitos humanos, a industrialização. A Igreja se havia transformado numa fortaleza contra as vagas de reformismo, secularismo, modernismo e relativismo. Missão da igreja, segundo esse modelo do confronto, é testemunhar as verdades eternas, anunciar a Cristo como o único Redentor da humanidade e a Igreja sua única e exclusiva mediadora, fora da qual não há salvação. Em seu documento de 2000, Dominus Jesus, o cardeal Ratzinger reafirma tal visão com a máxima clareza e laivos de fundamentalismo. Tudo é centralizado no Cristo. Esta atitude belicosa predominou até os anos 60 do século passado quando foi eleito um papa ancião, quase desconhecido, mas cheio de coração e bom senso, João 23. Seu propósito era passar do anátema ao diálogo. Quis escancarar as portas e janelas da Igreja para arejá-la. Considerava blasfêmia contra o Espírito Santo imaginar que os modernos só pensam erros e praticam o mal. Há bondade no mundo, como há maldade na Igreja. Importa é dialogar, intercambiar e aprender um do outro. A Igreja que evangeliza deve ela mesma ser evangelizada por tudo aquilo que de bom, honesto, verdadeiro e sagrado puder ser identificado na história humana. Deus mesmo chega sempre antes do missionário, pois o Espírito Criador sopra onde quiser e está sempre presente nas buscas humanas suscitando bondade, justiça, compaixão e amor em todos. A figura do Espírito ganha centralidade. Fruto da opção pelo diálogo foi o Concílio Vaticano 2º (1962-1965), que representou um acerto de contas com a Reforma pelo ecumenismo e com a modernidade pelo mútuo reconhecimento e pela colaboração em vista de algo maior que a própria Igreja, uma humanidade mais dignificada e uma Terra mais cuidada. Este "aggiornamento" trouxe grande vitalidade em toda a Igreja, especialmente na América Latina, que criou espaço para aquilo que se chamou de Igreja da base ou da libertação e da Teologia da Libertação. Mas acirrou também as frentes. Grupos conservadores, especialmente incrustados na burocracia do Vaticano, conseguiram se articular e organizaram um movimento de restauração, de volta à grande tradição. Este grupo foi enormemente reforçado sob João Paulo 2º, que vinha da resistência polonesa ao marxismo. Chamou como braço direito e principal conselheiro, seu amigo, o teólogo Joseph Ratzinger, elevando-o diretamente ao cardinalato e fazendo-o presidente da Congregação para a Doutrina da Fé, a ex-Inquisição. Aí se processou de forma sistemática, vinda de cima, uma verdadeira Contra-Reforma Católica. O próprio cardeal Ratzinger no seu conhecido "Rapporto sulla fede", de 1985, um verdadeiro balanço da fé, dizia claramente: "A restauração que propiciamos busca um novo equilíbrio depois dos exageros e de uma abertura indiscriminada ao mundo". Ele elaborou teologicamente a opção pelo confronto a partir de sua formação de base, o agostinismo, sobre o qual fez duas teses minuciosamente trabalhadas. Notoriamente Santo Agostinho opera um dualismo na visão do mundo e da Igreja. Por um lado está a cidade de Deus e por outro a cidade dos homens, por uma parte a natureza decaída e por outra, a graça sobrenatural. O Adão decaído não pode redimir-se por si mesmo, seja pelo trabalho religioso e ético (heresia do pelagianismo) seja por seu empenho social e cultural. Precisa do Redentor. Ele se continua e se faz presente pela Igreja, sem a qual nada ganha altura sobrenatural e se salva. Em razão desta chave de leitura, o papa Bento 16 se confronta com a modernidade, vendo nela a arrogância do homem buscando sua emancipação por próprias forças. Por mais valores que ela possa apresentar, não são suficientes, pois não alcançam o nível sobrenatural, único caráter realmente emancipador. Nela vê mais que tudo secularismo, materialismo e relativismo. Essa é também sua dificuldade com a Teologia da Libertação. A libertação social, econômica e política que pretendemos, segundo ele, não é verdadeira libertação, porque não passa pela mediação do sobrenatural. Para concluir, se o atual papa tivesse assumido uma teologia do Espírito, coisa ausente em sua produção teológica, teria uma leitura menos pessimista da modernidade. No atual momento se dá o forte embate entre essas duas opções. A Igreja latino-americana pende mais pela opção do diálogo. Esta é mais adequada à cultura brasileira que não é fundamentalista nem dogmática, mas profundamente relacional e dialogal com todas as correntes espirituais. Somos naturalmente sincréticos na convicção de que em todos os caminhos espirituais há bondade para além dos desvios e que, definitivamente, tudo acaba em Deus. Não parece ser esta a opção de Bento 16: seus discursos enfatizam a construção da Igreja em sua forte identidade para que seu testemunho seja vigoroso e possa levar valores perenes a um mundo carente deles, como se viu claramente em seu discurso aos bispos brasileiros na catedral de São Paulo. Essa Igreja é necessariamente de poucos, coisa reafirmada pelo teólogo Ratzinger em muitas de suas obras. Mas esses poucos devem ser santos, zelosos e comprometido com a missão de orientar e conduzir os muitos, sem se deixar contaminar por eles e pelo mundo. Ocorre que esses poucos nem sempre são bons. Haja vista os padres pedófilos. Por isso, a Igreja precisa renunciar a certa arrogância, ser mais humilde e confiar que o Espírito e o Cristo cósmico dirijam seus passos e os da humanidade por caminhos com sentido e vida.



LEONARDO BOFF é teólogo da libertação e escritor. Em 1985, foi condenado pelo então cardeal Joseph Ratzinger ao "silêncio obsequioso".


Para saber mais sobre a vida de Leonardo Boff e a Teologia da Libertação clique aqui.

08 maio 2007

Lord Ganesh

Ganesh é lindo! Que ele remova todo e qualquer obstáculo em seu caminho para sempre!

03 maio 2007

Justiça ? Que justiça ? Lei ? Que lei ?


Hoje, devido aos últimos acontecimentos aqui em casa, a única vontade que tenho é de me armar até "os dentes" e me transformar no "exterminador das montanhas". E fazer justiça com minha ética revisionista. A justiça e a lei estão abaixo daquilo que a sociedade do bem espera destas instituições. Se eu pudesse...ah se eu pudesse.

02 maio 2007

"Limite" de Mário Peixoto


Um dos filmes que mais mexeu com a minha cabeça foi o inquietante "Limite". Filmado em 1930 pelo extravagante cineasta Mário Peixoto, o filme se tornou uma verdadeira lenda do cinema brasileiro. Tão lendário quanto ao famoso comentário do cineasta russo Sergei Eisenstein sobre o filme - que uns dizem ser um factóide plantado pela genialidade de Peixoto e outros dizem ser um depoimento verdadeiro. De minha parte fico com a segunda versão, pois tive a oportunidade de achar uma microfilmagem deste depoimento na biblioteca do BFI (British Film Institute) em Londres, lá pelos anos 80 quando vivia na "Ilha do Norte". O que importa é que "Limite" é um filme sufocante, delirante e muito, muito estranho. Enquadramentos ousados, fotografia sensível, trama enigmática. "Limite" foi praticamente o responsável por eu ter decidido estudar cinema - juntamente com aspecto o estético-político do Cinema Novo. Que saudades dos filme de autor. Hoje em dia cinema é praticamente só entretenimento.

Depois dos Blues Brothers...



...The Blues Cousins, diretamente das montanhas