25 junho 2006

Como um anjo

Hoje foi um dia muito especial para todos nós aqui do canto das águas. Nosso querido João Pedro recebeu as bençãos da proteção divina por conta de seu batizado. Uma cerimônia ao mesmo tempo simples, singela e linda. Escolhemos a capela de cerca de 180 anos que fica no meio da montanha próximo de nossa casa como local para o rito. A capela de Nossa Senhora do Rosário, dos monges carmelitas. Na verdade não sou seguidor ou praticante de nenhuma religião, mas nascido no Brasil e de tradição católica na família, nada mais natural que optar por este caminho em busca de proteção e luz espiritual para nosso pequeno. Mais tarde, se ele tiver outra vontade, terá liberdade para mudar. O que importa é que os trabalhos conduzidos por frei Thiago, um jovem e brilhante sacerdote, causou uma grande emoção em todos nós. Desde a simplicidade do culto até o momento em que o João Pedro foi erguido, no momento do batismo durante a missa, todos nós ficamos emocionados. Eu, a Dé, as avós...todos chorando. Enfim, um momento de ternura e consagração para o João Pedro. Meu filho, que lindo foi te ver no alto, alçado como um anjo pelos braços de frei Thiago, enquanto a capela aplaudia saudando seu batismo. Que Deus te ilumine o caminho com muita proteção e sabedoria.

17 junho 2006

A História de Hanna

Semana passada tive que levar um de nossos pimpolhos caninos, o Jimi, para um atendimento emergencial no veterinário do bairro. Até que para quem possui 8 cães e e 7 gatos temos que agradecer a Deus por não termos problemas tão frequentes ou tão graves com nossos animais. De um modo geral os perigos de se morar na mata até hoje têm sido de uma forma ou de outra sempre neutralizados. Já devo ter mencionado em outra postagem mas as ameaças mais temidas aqui são: as cobras (cascavel e jararaca) e as aranhas (armadeiras) pelo perigo letal de seus venenos. Apesar de ser contra esta prática, já tive que picotar uma cascavel a golpes de facão certa vez, pois os próprios cães trataram de fazer o maior escândalo ao notarem sua presença bem no local a eles reservado, o canil. Também os carrapatos viraram inimigos mortais, quando transmitem vírus contaminando os animais com suas picadas. Com estes últimos já tivemos problemas em duas ocasiões e o tratamento não é nada barato, como alguém poderia imaginar. Mas se nossos cães vivessem soltos o tempo todo pelo sítio, certamente já teriam tido ocorrências como mordidas de quatis ou ouriços, com seus espinhos em forma de anzol na ponta. Aliás a experiência com o Popó (nosso fox paulistinha) foi bem marcante, quando tivemos que levá-lo para a retirada de mais de 100 espinhos após sua investida contra um desses ouriços. O coitadinho ficou literalmente de focinho a rabo forrado de setas, mas aos poucos se recuperou, e hoje continua o mais invocado e briguento da turma. E assim seguimos tentando evitar na medida do possível, que estes adoráveis membros de nossa família venham trazer qualquer tipo de infortúnio, muito embora isto faça parte do tipo de vida que levamos na serra.
Voltando ao Jimi,o motivo de eu ter que levá-lo de emergência foi uma briga com seu pai, o Toby, que lhe causou um corte profundo no focinho e um ferimento no olho esquerdo. Anestesia, pontos, medicamentos. Enquanto eu preenchia o cheque (que entre os ítens mencionados e mais consulta somou R$ 81,00), percebi um cachorro do lado de fora da clínica em meio a outros cães. O Dr. Noel, imdediatamente foi logo dizendo: "Afonso, esse cachorro deve ter fugido de algum lugar. É um pastor alemão purinho purinho. Se eu tivesse quintal, levava para minha casa".
Meu pensamento voou disparando uma decisão quase que inconscientemente. Pedi ao André, que me acompanhava na missão Jimi, que fosse atrás do tal cachorro. Poucos minutos depois ele voltava com a guia vazia. O cachorro havia desaparecido como que por mágica. Não convencido, saí "à caça", guia e coleira em punho atrás do animal. Utilizando meu faro intuitivo enveredei-me numa ruela do bairro, passando a caminhar mais decididamente quando ouvi alguns latidos. Lá estava o tal cão, meio sem jeito e sem rumo, caminhando pela ruela. Coloquei então a coleira e a guia e caminhamos até meu carro estacionado em frente a clínica para a surpresa e alegria do André. Examinando-o superficialmente, vi que se tratava de uma cadela, aliás com um excelente aspecto. Não tinha nenhuma marquinha, o pêlo de ótima aparência. Mas daí pensei como devia estar se sentindo seu dono. Entre este sentimento e o de imaginar o animal mal tratado ou atropelado e morto como centenas são vistos na Fernão Dias, decidi levá-lo. O acordo com o Dr. Noel era de que se surgisse alguém reclamando por um animal que tivesse fugido, eu seria informado por telefone, e claro, devolveria o animal ao dono. Antes de levá-lo, o Dr. Noel ainda tranquilizou-me dizendo que faria o que estivesse ao seu alcance para evitar despesas extras. Vermífugos seriam fornecidos gratuitamente e uma possível castração (por se tratar de uma fêmea) seria realizada a preço de custo. Parti dali aliviado com a generosidade do veterinário, mas ainda um tanto irresponsável em meu desejo de fazer deste mais um cão de nossa tropa. A grana anda curta, mais despesa com ração e o que quer que fosse necessário para a manutenção de mais um animal de grande porte. Ainda por cima com o João Pedro tão precoce demandando todos os cuidados...
Enfim, assumi a loucura e depois de deixar o André numa festinha de amigos da escola em Atibaia city, na volta peguei a cadela que aguardava no canil da clínica e apareci em casa com nossa nova hóspede.
Logo de cara a receptividade por parte dos outros cães (em especial da Inga e da Lua, duas pastoras alemãs) não poderia ser mais rude. Nessas horas o ciúme fala mais alto. Tratei de deixar nossa convidada fora do cercado do canil até que o tempo se encarregasse de torná-la mais bem vinda entre os "donos" do pedaço. Rapidamente ela se revelou amiga, doce e carinhosa. Era um animal lindo e logo se mostrou fiel à minha atitude, latindo para demonstrar gratidão e fazendo festa toda vez que era provocada com brincadeiras, para ira dos demais cães dentro do canil.
Tratei de batizá-la com um nome rápido e de sonoridade diferente dos demais: Hanna.
Aos poucos ela foi se adaptando ao nosso convívio. Até mesmo os gatos passavam provocativos perto dela, sem que ela demonstrasse agressividade, apenas querendo brincar. O André então, como era de se esperar caiu totalmente de amores por ela. Os dias se passavam e como nenhum indício surgiu de que alguém reclamaria pelo animal, a impressão era de que a Hanna seria de fato nossa filha canina número 9. Até que...
Neste sábado o telefone tocou. Era o dono de uma casa de rações do vilarejo dizendo que um cliente seu havia comentado sobre o sumiço de sua cadela, com características iguais às da Hanna. Pronto, lá estava selado destino de "nossa" Hanna. Ficamos torcendo para que a suspeita se transformasse num outro animal que não ela. E quando o homem chegou, pedi que ele a chamasse pelo nome. E o homem chamou-a de Sofia. Ela mostrou alguma familiaridade, mas na minha involuntária descrença, logo ficou num canto do pátio de nossa casa, como se demonstrasse intimidade com o local. Um lugarzinho que ela já se acostumara ficar em momentos de descontração ou repouso. Com o coração partido, mas certo de que tínhamos feito o melhor no período em que aqui esteve, cedi resignado o cão ao seu dono. Na hora de ir embora ela tentava de todas as formas voltar para nossa casa, se enfiando debaixo do portão de madeira, como que resistindo à idéia de voltar para seu local de origem. Ficamos (a Dé e eu) muito tocados com a resistência da Hanna em ir embora, mas não havia o que fazer. Evidentemente isto logo suscita reflexões do tipo, será que lá lhe dão carinho? Amor? Coisas fundamentais para uma vida animal feliz. E lá se foi a Hanna. Para nossa tristeza, mas, torcemos muito, para alegria dela. Hanna, que bom foi ter você aqui com a gente. Ainda que só por uma semana.

06 junho 2006

2 months !!


Querido João Pedro, Dom Pedrito, te amo te adoro. Faz dois meses que sua luzinha iluminou tudo por aqui. Você é lindo! É tudo que eu queria. Ou quem sabe além disso, pois você é demais !!! 6 kgs aos 2 meses ...hehehe Que garotão tu és, meu filho. Podes crer que vc é o orgulho da mamãe e do Foché. Beijo, filho.