26 julho 2008

O Jorginho "Sebion"

SP, sexta-feira, 26/07/08, 01:30 da manhã. Saio pra comprar cigarros e a padaria aqui ao lado ainda aberta. Entro. E na saída, vejo na calçada um senhor com aquela "boina" tipo africana, conversando com outro cidadão bem mais jovem - que em seguida descobriria tratar-se também de um músico. Volto e arrisco a pergunta: "O senhor é o Jorginho?". Ele abre o sorriso e confirma: "Sou!".
A vida é realmente uma sequência de intermináveis esquinas e surprêsas. Ora...quem diria? Era ele mesmo, o Jorginho "Sebion", do alto de seus 70 anos (na fala dele). Personagem único da noite paulistana dos anos 60.
Eu, inexplicavelmente, o reconhecera. Sabe-se lá porquê ou como. Coisas do HD que carregamos na memória emotiva que resiste ao tempo. Detalhe: este mesmo acaso havia ocorrido numa primeira vez, há muito tempo, final da década de 70, quando o vi no Boca da Noite, bar de MPB ao vivo, que ficava na Bela Vista.

Músico percussionista, integrante da orquestra do Pocho, onde a cantora, ou melhor dizendo, a "crooner", era nada mais nada menos que minha mãe: Alda Perdigão. Mas também companheiro das "baladas " de outrora, ao lado de meu velho e saudoso pai. O grande Quico. Locutor de uma belíssima voz, sedutoramente grave e envolvente.

São "encontros" que só a mágica da vida pode decifrar. 50 anos de histórias em 5 minutos de conversa.
Eu até anotei seu celular. Mas há ,na verdade, pouca chance de voltar a vê-lo. Será? Quem sabe...se o acaso se repetir neste ciclo, daqui outros 20 anos isso pode acontecer.

(foto: arquivo pessoal, Alda e Quico)

25 julho 2008

Momento Único

Essa linda cena foi registrada no quarto dos filhos de nossa caseira. Tempo suficiente para um namoro com a natureza deste doce animal. Somos realmente muito privilegiados em poder ter esse tipo de contato. Logo em seguida ela (e) foi reconduzida para a mata.

22 julho 2008

Rito de Passagem

Vou mostrando como sou e vou sendo como posso. Jogando meu corpo no mundo, andando por todos os cantos.
E pela lei natural dos encontros, eu deixo e recebo um tanto. E passo aos olhos nus ou vestidos de lunetas.
Passado, presente, participo sendo o mistério do planeta.
O tríplice mistério do estoque, que eu passo por e sendo ele no que fica em cada um.
No que sigo o meu caminho e no ar que fez e assistiu. Abra um parênteses, não esqueça que independente disso eu não passo de um malandro. De um moleque do Brasil, que peço e dou esmolas.
Mas ando e penso sempre com mais de um, por isso ninguém vê minha sacola.

(Mistérios do Planeta - Novos Baianos)

16 julho 2008

Alma de Guerreiro

Quanto mais obstáculos surgirem, maior será a resposta deste guerreiro. Quanto maior for o desafio, mais aguerrido será meu confronto. E sempre... sempre na cumplicidade de minha amada e brava guerreira.

05 julho 2008

Changes


1 mês

Depois de um mês, desde o início desta nova fase de trabalho, as coisas vão aos poucos se acomodando nesta inédita realidade na qual minha vida se transformou. É mais uma sequência deste meu "road movie", ou talvez "docu-drama" pessoal, cujo roteiro factual vou descobrindo a cada take. A única certeza é a de que, por força das novas configurações (profissionais ou não), minha cabeça passa a armazenar um zilhão de novos dados.