31 dezembro 2006

All we need is love

Raça Humana

Impossível ficar indiferente ante a este "espetáculo", fechando o ano, que foi a execução de Saddam Hussein. Por opção estética, a foto com a corda momentos antes de sua morte foi propositalmente omitida aqui.
Basta ler a biografia recente de Saddam para se chegar à conclusão do quão incoerente é o comportamento humano - culminando com sua execução - assim como o quanto manipuladora foi a postura dos EUA em relação ao ditador. Enquanto este lhe foi conveniente e aliado - inclusive gastando altas somas comprando toda sorte de armamentos da industria bélica norte-americana - Saddam era "amigo" e parceiro. Mas bastou que sua rota desviasse do interesse ianque para que seu destino fosse selado. Na impossibilidade de eliminar Bin laden, Bush escolheu Saddam como símbolo do mal a ser aniquilado. Após várias inspeções internacionais, ficou provado que o motivo que originou a invasão americana foi totalmente infundado: armas químicas.
A morte de Pinochet causou alívio em muita gente (e teve gente que confundiu alívio com comemoração), mas esta foi natural, respeitando o que foi traçado pelo poder divino superior. Já a de Saddam foi arquitetada e executada ante a mão de ferro liderada por Bush. O que acabou transformando o tirano em mártir, inclusive por ter sido executado no dia do perdão da religião muçulmana.
Todas as declarações de líderes da comunidade política internacional publicadas na imprensa são unânimes em condenar a rapidez e a forma adotada como punição a Saddam. As consequências são absolutamente imprevisíveis no mundo árabe. Como escreveu o jornalista Josias de Souza em seu blog: se os americanos tiverem sorte, os atentados ficarão restritos ao território iraquiano. Se tiverem azar...

30 dezembro 2006

29 dezembro 2006

Braguinha


"Chupei" esta foto do blog do Tas só pra escrever que tio Raul sempre dizia que Braguinha era nosso primo "distante". Se era ou não, nestas alturas, pouco importa. Ser o autor da letra de "Carinhoso" faz de Braguinha, ao lado de Pixinguinha, um cara imortal.

27 dezembro 2006

Canto das Águas - Atibaia, São Paulo, Brasil

Raio X do B II

O bem que Lula faz ao Brasil

QUANDO O o ainda esquerdista Luiz Inácio Lula da Silva, então 57 anos, ganhou a eleição de 2002, o dólar já havia subido 61% no ano, batendo em R$ 3,73. O risco-país tinha inchado 114% -a 1.765 pontos-, e a Bolsa, despencado 28%, a 10 mil pontos. Quatro anos depois, com novo mandato garantido, a Bolsa chega ao recorde de 43 mil pontos, o risco cai a inéditos 198, e o dólar estanca em R$ 2,15. O mercado não perdoa, e os números não mentem: Lula presidente faz bem ao Brasil. Se, nos próximos quatro anos, Lula não desviar muito da fórmula nada inovadora de "pai dos pobres, mãe dos ricos", estaremos em 2011 muito melhores que em 2003. Os dados macroeconômicos nunca estiveram tão bons, e por mais que possam ser tributados ao róseo cenário externo, é bom lembrar da ilimitada capacidade autodestrutiva deste grande país. Mas Lula, auxiliado por Antonio Palocci e Henrique Meirelles, soube conter com sabedoria sexagenária a sanha "esquerdista" de outros auxiliares. E, para muito além dos superlativos econômicos, talvez a maior conquista lulista tenha sido zerar a perigosa conta política que o Brasil tinha a acertar com nossa imensa população miserável. Um governo "socialista" era inevitável no injusto Brasil. E, olhando para a Venezuela e a Bolívia, é fácil concluir que a conta está saindo barata. O lado "esquerdista" de Lula restringe-se à elogiada intensificação das transferências de renda aos mais pobres, via programas sociais e também priorizando aumentos reais do salário mínimo -em detrimento do controle aéreo, por exemplo. Sob Lula, a vexatória desigualdade social brasileira continuou vexatória, mas recuou mais que sob seu antecessor. Outro mérito: Lula no poder passa à população de baixa renda a (falsa) impressão de que a democracia neste país funciona. Afinal, um operário de pouca instrução hoje comanda o Brasil e, na mão de um bom marqueteiro, pode-se dizer que o faz em nome dos pobres. A sombra da "esquerda" saiu dos cálculos econométricos, barateando o crédito: é difícil agora vislumbrar uma força política anticapitalista chegando ao poder, ameaçando propriedades e contratos. Não se está dizendo que Lula resolveu os problemas brasileiros nem que seu governo merece nota dez. Lula poderia ter feito muito mais. Em todos os campos. Talvez tenhamos até regredido na questão da corrupção. Mas, mérito ou não de Lula, é inegável que há muito mais gente sendo investigada hoje do que nos oito anos de FHC. O que Lula fez, com certeza, foi superar em muito a expectativa de que iria implodir o Brasil. Pelo contrário, avançamos. (Folha de S. Paulo 27/12/06)

por SÉRGIO MALBERGIER, editor de Dinheiro .

histórias


E pensar que um dia, no final dos anos 80, o acaso faria com que eu me deparasse com a lendária figura de James Brown, encostado do lado de fora de uma enorme limusine branca no aeroporto de Guarulhos. Ocasião em que troquei algumas palavras com ele e, horas mais tarde, meu queixo estaria grudado no palco do "falecido" Palace, em Moema, para que eu visse, ouvisse e dançasse ao som daquele gênio da soul music.

21 dezembro 2006

Raio X do B

Devagar e sempre e devagar

FAZ 25 ANOS que o Brasil é um país travado. Assim continuará até que uma crise cataclísmica resolva impasses políticos que adiam, sine die, a solução decisiva de conflitos sobre a redistribuição de fundos públicos (dinheiro de tributos) e a regulação do mercado. O dia de ontem foi mais uma caricatura desse impasse contínuo. Lula, parece, vai conceder mais um aumento real de salário mínimo, que será acompanhado de um desconto de impostos para as classe média e alta. Com o aumento dos servidores, que ainda terá impacto no ano que vem, mais o crescimento vegetativo das folhas de pagamento do funcionalismo e do INSS etc., o aumento de arrecadação de 2007 já está quase empatado no gasto novo. Para não ocorrer o empate, seria necessário cortar (ou conter o gasto, em proporção do PIB) em outras áreas: investimento, educação, custeio ("choque de gestão"). Mas Lula 2 não aumentaria o investimento público? Não vai aumentar o dinheiro para a educação básica (embora já queiram empurrar o aumento do Fundeb, o dinheiro da escola dos meninos pobres, para 2008)? A conta de Lula 2 pode ser fechada se o superávit primário cair. Mas então a dívida pública cairia mais devagar; a taxa de juro básica e a conta de juros pagos sobre a dívida cairiam mais devagar também. Como o impacto da prevista redução de impostos sobre investimentos privados será marginal, se não for apenas embolsada, e como o investimento público não crescerá muito (0,3% do PIB, com muita sorte), nenhum indicador decisivo para o progresso da economia será alterado. Ficaremos no devagar e sempre. O que isso tem a ver com o país travado faz um quarto de século? O empate a respeito de gasto público, impostos e regras para o mercado trava acumulação e investimentos na economia. Os atores político-sociais relevantes levam seu naco de fundos públicos, o poder político central não administra perdas, as contas não fecham. O gasto estoura? Faz-se inflação. Chega de inflação? Faz-se dívida pública. Chega de dívida pública? Aumentem os impostos. É a história fiscal do Brasil do final da ditadura a Lula, passando por Sarney, Itamar e FHC. Como a arrecadação de impostos agora cresce mais devagar, o impasse começa a ficar mais evidente. Mas ainda é empurrado com a barriga; o conflito social morno não dá conta de resolvê-lo, para um lado ou outro. Não há reforma na gestão da dívida pública, um entulho inflacionário caro, e a política monetária foi capturada pelo mercado. Miséria e desigualdade em tempos de voto livre induzem a liderança política ao distributivismo, que ora se esgota, pois elevar impostos tornou-se política e economicamente disfuncional. Um conluio de imobilismo e esperteza empresarial com maluquices pré-capitalistas impede o mercado de funcionar direito. A regulação do mercado e do investimento, já em si uma droga, é atravancada pelo Judiciário pré-cambriano e por uma derrama de liminares, de esquerdistas doidivanas a empresas, que de resto aceitam passivamente a confusão regulatória. Nesse contexto de impasse social, as mudanças ocorrem a conta-gotas. Arrastaremo-nos eternamente sobre o nosso pântano esplêndido.

por Vinicius Torres Freire para a Folha de S. Paulo em 21/12/06

Enfim sua excelência: o verão.

Voz do Brasil

Pode até não impedir, mas seis dias de barulho e indignação melaram a jogada dos parlamentares pro ano quem vem.

16 dezembro 2006

Feliz Natal


É o que desejamos a todos os nossos amigos, visitantes e bloggeiros, com muita paz e harmonia.

Parabéns, André.

Meu querido filho André, você nos deixou muito felizes e orgulhosos concluindo esta etapa de vida. E ficou muito bonito neste terno fio 100 italiano. Te amo cara. Obrigado por me ajudar com sua dedicação, força física e seu companheirismo no dia a dia aqui no canto das águas.

15 dezembro 2006

El batuqueiro II


agora com áudio

uma obscenidade !!!

(manchete da Folha de S. Paulo em 15 de dezembro de 2006)

Lira sanfonada

Hoje o céu está em festa de gala com a chegada do grande músico Sivuca. Vai ter forró retado até o dia raiá em companhia do velho Lua, Luiz Gonzaga.

13 dezembro 2006

Quem tem medo da verdade?



Observem a foto ao lado. Sabem de quem se trata? Nada mais nada menos (não sei porque mas acho essa expressão de uma banalidade sem tamanho) do que uma das figuras mais execráveis do jornalismo brasileiro: Reinaldo Azevedo. Conhecido defensor dos órfãos de Geraldo Alckmin (que estou fazendo o favor de ressucitar aqui neste post) e de outros políticos de pior odor como ACM. Este jornalista (desculpem-me, profissionais de caráter da imprensa brasileira), que a Veja deve orgulhar-se muito de manter em seus quadros, adora destilar sua ira no blog que criou com o nome (utilizando template da Abril com hospedagem da google - que puxa saco !!!) da empresa que o emprega. Lá ele desce a lenha sem piedade em tudo e todos que julga abaixo de sua ideologia, aprovação, admiração ou crença. Sob o manto sagrado da liberdade de imprensa, agride e humilha o presidente Lula, como quem chuta um mendigo e dá risada. Sua prepotência só possui paralelo na figura de seu grande companheiro de firma, Diogo Mainardi. São jornalistas que escrevem tudo na primeira pessoa, colocando-se numa posição de estrelato muito acima do fatos (?) que decidem (ou são mandados a) escrever. Quanta saudade de homens como Cláudio Abramo, para quem a palavra jornalista soava quase como um brado de dignidade.

(título da postagem extraído do antigo programa sensacionalista tv Record)

12 dezembro 2006

deu negativo

Graças a Deus: ao refazer o exame ergométrico (no execelnte CDB em São Paulo) e ver o resultado, um sol gigantesco voltou a brilhar no céu do meu horizonte. Nunca mais farei este exame em Atibaia. Vai assustar outro sô. O problema agora é não comemorar a altura da boa notícia, senão a casa cai de verdade.

11 dezembro 2006

Demorô


Existem pessoas que quando morrem não despertam saudade ou sentimentos de tristeza que a perda poderia provocar. Na minha opinião, Pinochet é uma delas. Acho até um desperdício dedicar esta postagem a este carniceiro, mas creio que o fazendo, ajudo a escrever em seu epitáfio virtual o quanto este homem foi cruel com o povo sofrido de seu país. Que o diga o músico e poeta Victor Jara, que durante as atrocidades do regime militar liderado por Pinochet, teve suas mãos amputadas para que sua obra não mais fosse por ele executada e consequentemente seu canto de resistência silenciasse. Já vai tarde, Pinochet, muito tarde.

Pré-Natal no mato


Foi por acaso que descobrimos que o sítio vizinho ao nosso promovia uma festinha de natal antecipado para as crianças da região neste domingo (ontem). Parecia um parque da Mônica campestre. Por sugestão minha acabamos indo os quatro: Dé, eu, João Pedro e o André. Meio na cara de pau, pois nem fomos convidados. A idéia era levar o João Pedro num ambiente de atmosfera infantil, com crianças por toda parte, coisa que raramente ele convive ou participa por morarmos isolados. Gente humilde da redondeza que organiza a festa com petiscos, refrigerantes e presentes simples para a criançada - tudo feito com a colaboração de pessoas que se sensibilizam com este tipo de iniciativa, fazendo doações, se cotizando para que nada falte. Esta festa costumava ser em outro local, mais próximo ao vilarejo, mas este ano foi neste sítio vizinho. João Pedro saiu-se muito bem conhecendo sua primeira versão de Papai Noel e não chorou. Merece os parabéns se observarmos que a máscara deste Papai Noel é aterrorizante e está mais para Jason "Sexta-feira 13". Vendo seu sorriso na gangorra é fácil constatar o quanto ele curtiu. Ano que vem quero colaborar com o evento.

04 dezembro 2006

Valeu, Brasil !!


Bi campeão mundial de volleyball masculino.

02 dezembro 2006

regozijar-se

Não faz muito tempo que nossos queridos amigos malasianos partiram após uma nova visita com direito a um saboroso yakissoba e pernoite. Mas o melhor ficou para hoje: depois do café da manhã, como numa missão secreta do destino, eles se encarregaram de limpar a área onde está nosso Buda (uma estátua de Buda que existe em nosso sítio há mais de 40 anos, desde que foi adquirido) em meio à vegetação. Um ato de incrível simbolismo.