28 junho 2009

Agora foi a Sarah...

Parece até praga. Este blog (e o bloggeiro) que se cuide, pois as últimas postagens têm sido quase que somente sobre perdas, mortes e tristezas. Não costumo fazer o gênero de quem entrega os pontos ou só reclama das agruras da vida, mas tudo que temos passado resulta num enorme prejuízo material e emocional na somatória de danos. As bruxas andam soltas por aqui. TOC TOC TOC !!!
Esta madrugada perdemos a Sarah, filha do Toby (morto no ano passado) e da Inga (que num gesto inaceitável e incompreensível ceifou a vida do nosso querido Popó há cerca de 20 dias), após uma noite de internação no hospital veterinário de Atibaia. Dois dias atrás estava largada num canto do canil, demonstrando uma fraqueza irreversível. Diante do quadro dramático, chamamos o nosso veterinário que diagnosticou, num exame clínico, ausência mortal de glóbulos vermelhos e plaquetas. Seu corpo era pele e osso. O estado dela era de tal gravidade que a aplicação de soro só aumentaria o risco de morte. Obra da doença do carrapato, que transmite um protozoário que vai destruindo as células sanguíneas e matando o animal aos poucos.
Partimos para uma operação desesperada de conseguir um doador de sangue para ela, na tentativa de salvar o animal.
O Marcão, amigo de grande coração e solidariedade, concordou em levar seu Dynamite - um pastor alemão de saúde invejável - como doador. Depois de uma trabalheira daquelas - o animal estava inquieto e tenso - conseguimos finalmente extrair 500ml de sangue.
O contraste do vigor físico do Dynamite com a fragilidade doente da Sarah era de se chocar.
A madrugada de sábado para domingo seria decisiva para a recuperação dela. Deixamos a clínica com ela já recebendo as primeiras gotas do sangue do Dynamite.
No domingo pela manhã ficamos sabendo que ela não resistira. Até esboçou uma reação, ficando de pé e abanando a cauda - atitudes totalmente improváveis horas antes. Mas não teve jeito.
E assim, lá se foi mais um de nossos "filhos": a nossa Sarah Vaughan.
Ela será enterrada aqui no sítio próxima ao pai e ao Popó.

21 junho 2009

Maria Cristina Gama Duarte


Um telefonema nesta manhã de domingo informava a morte de minha prima Maria Cristina. Chegava ao fim sua luta (silenciosa, por que nunca reclamava de seu drama , nem da dimensão de seu problema de saúde) travada nos últimos anos para enfrentar sua doença.

Dotada de uma inteligência privilegiada, Maria Cristina foi durante muitos anos jornalista do Grupo Abril, especialmente da revista Cláudia, onde chegou ao posto máximo como diretora.
Sua visão crítica (herdada de meu tio Raul Duarte, o saudoso Bico) e personalidade marcante eram associadas à sua generosidade e doçura.
Na impossibilidade de ser mãe, adotou um menino ainda bem novinho, o Leando, a quem se dedicou enquanto esteve viva. Porém, seu desprendimento era de tal forma, que ela permitia que a mãe biológica sempre acompanhasse seu crescimento e evolução. Ou seja era adoção, por assim dizer,compartilhada. Assim era a Cris.
"Meio" irmã (filha do primeiro casamento do tio Raul) do Raulito e Yara Márcia, mantinha com eles um relacionamento afetivo e harmonioso, fruto da aproximação promovida pelo pai.
Deus decidiu acionar o botão evitando que sua doença se agravasse ainda mais, poupando-a de muito sofrimento.

Valeu, prima...
Fique na paz.

07 junho 2009

E as perdas não páram: Adeus, Popó...

Popó, grande amigo...8 anos de convivência

Como se não bastassem as perdas que temos colecionado desde o ano passado (registradas em postagens anteriores), como não bastassem os furtos que temos tido sistematicamente (e que pouco podemos fazer, já que quem deveria fazer a sua parte - A POLÍCIA - não faz!), fomos tomados por um novo sentimento de grande tristeza. Nosso querido Popó, um dos três bichos que nos acompanhava desde os tempos de Moema (resta desta turma apenas Frederico, o papagaio), já não faz parte de nossa família.
Escrevo este post apenas alguns minutos depois de nos depararmos com seu corpinho inerte. E ao contrário das outras perdas envolvendo os bichos, de causas desconhecidas, no caso dele foi briga com um de nossos cães de muito maior porte. Muito provavelmente a Inga.
Fomos dar uma volta pela mata e, de longe, eu ouvia aquilo que depois provou ser um ataque contra ele. Pobre bichinho...
O Popó teve o nome talhado para seu temperamento de invocado. Pequenino no tamanho, mas valente à toda prova.
Certa vez, sobreviveu a um acidente que quase lhe tirou a vida: ficou pendurado pela corrente que o prendia ao escorregar no deck - quando ainda não tínhamos o canil - e por pouco teríamos carregado um remorso pra toda vida.
O Popó era alegre, muito esperto e quase sempre o primeiro a latir dando alerta aos demais quando percebia algo de errado.
Era também um grande amiguinho do Shiva (na ilustração da foto acima), quando morávamos em São Paulo.
Talvez as melhores lembranças que tenho dele são de quando ele se deitava de costas, com a patinhas encolhidas pedindo carinho ou suas corridas, por conta de nossas investidas pela mata. Ele parecia sorrir de felicidade enquanto corria.
E como disse em outro post recente: a vida é bela enquanto dura, mas quando a morte vem - principalmente do forma inesperada, é um golpe duro. Muito duro mesmo.

Agora ele se junta ao Shiva, Krishna e Jade formando nossa famíla celestial do reino animal. Zulu e Zeus desapareceram, sem que saibamos ao certo se morreram ou foram roubados...

ADEUS, MEU QUERIDO...NÓS SEMPRE TE AMAREMOS.