Um telefonema nesta manhã de domingo informava a morte de minha prima Maria Cristina. Chegava ao fim sua luta (silenciosa, por que nunca reclamava de seu drama , nem da dimensão de seu problema de saúde) travada nos últimos anos para enfrentar sua doença.
Dotada de uma inteligência privilegiada, Maria Cristina foi durante muitos anos jornalista do Grupo Abril, especialmente da revista Cláudia, onde chegou ao posto máximo como diretora.
Sua visão crítica (herdada de meu tio Raul Duarte, o saudoso Bico) e personalidade marcante eram associadas à sua generosidade e doçura.
Na impossibilidade de ser mãe, adotou um menino ainda bem novinho, o Leando, a quem se dedicou enquanto esteve viva. Porém, seu desprendimento era de tal forma, que ela permitia que a mãe biológica sempre acompanhasse seu crescimento e evolução. Ou seja era adoção, por assim dizer,compartilhada. Assim era a Cris.
"Meio" irmã (filha do primeiro casamento do tio Raul) do Raulito e Yara Márcia, mantinha com eles um relacionamento afetivo e harmonioso, fruto da aproximação promovida pelo pai.
Deus decidiu acionar o botão evitando que sua doença se agravasse ainda mais, poupando-a de muito sofrimento.
Valeu, prima...
Fique na paz.
3 comentários:
Lindo, sensacional. Exatamente assim, " uma adoção compartilhada", mas tinha seu lado favorecido é claro.
Obrigado pela homenagem.
Bjus do primo
Leandro "Duarte".hahaha
Toda homenagem merecida pra ela..
Lindo!!
Bjos
Stéphanie
Fiquei muito triste com o falecimento de Maria Cristina Duarte. Fui leitora de Cláudia durante muitos anos e acompanhei sua carreira naquela época. Nem sabia que estava doente. Foi pena tanto sofrimento. Foi pena ter se apagado mente tão brilhante. Mas que já deve estar brilhando em outra dimensão. Força para a família, principalmente seu filho.
Eliana
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