19 maio 2007

Salve-se quem puder !

Depois das operações Anaconda e Hurricane deflagradas pela Polícia Federal, caiu o último bastião de resistência da moralidade e da ética na vida deste país. Com o envolvimento de altos escalões do judiciário em escândalos de corrupção e formação de quadrilhas, finalmente completa-se o quadro em que o país é exposto a uma condição vergonhosa e vexatória em termos de honestidade. Aqui o que impera é a lei do cão na terra de ninguém. O negócio é roubar, roubar e roubar.
Como já foi abordado neste blog, diariamente somos entupidos com toda sorte de notícias no campo policial. Um cardápio extenso e variado de crimes que pipocam aqui e ali nos quatro cantos do país. Não bastassem os bandidos e a polícia bandida (a banda podre que disputa com os criminosos (ou a eles se alia) seu espaço no crime, sob a proteção da farda, do distintivo ou simplesmente da arma), agora temos juízes desembargadores e ministro (ou seriam ministros?) do poder judiciário querendo tirar seu quinhão no banquete (mais próprio seria chamar bacanal ou orgia) dos espertos. Não é à toa que o Maluf sempre bradou aos microfones da mídia bajuladora que nunca foi condenado das acusações e processos contra ele. Pudera! Quanto dos valores arrecadados em negociatas e superfaturamentos não teriam alimentado o caixa deste ou daquele juiz, desembargador ou ministro? Que belo Brasil é este que meu filho estará crescendo e vivendo. E quanto àqueles que dizem que não basta reclamar, que o povo (!) tem que agir, tem que se manifestar, tem que protestar e exigir que este estado de coisas seja combatido, só tenho uma coisa a dizer: esta anedota é tão velha quanto a do papagaio ou a do português.

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