03 novembro 2007

Dia dos Mortos

Ontem foi o Dia de Finados. Tenho uma enorme dificuldade em evocar meus antepassados. Talvez por desejar lembrá-los em sua plenitude, talvez como uma auto-defesa involuntária ou inconsciente em não me envolver na nostalgia ou sentimento da perda de suas existências. A verdade é que sempre que me vêem à memória, a imagem recorrente é deles sorrindo, o que acabo considerando minha singela homenagem. Será isto basta? Não cultuo ir a cemitérios nem nesta data "comemorativa", nem em outros dias do ano. Mas acho isso um erro. Visitar, conversar - ainda que com o especto abstrato diante de um túmulo ou lápide- bem que poderia ser um exercício de reverência em respeito aos que tanto amei e já se foram. Talvez os índios, em sua sabedoria primitiva são os que melhor conceituam este ato de amor e respeito através do Kuarup. Sinto muitas saudades de algumas pessoas muito especiais que fizeram parte de meu universo até aqui. Mas, repito, há uma enorme dificuldade em revivê-los de maneira frequente e convincente. Eis aqui alguns nomes como tentativa de chamamento a este respeito: vovô Affonso, vovó Amélia, vovô Chiquito, vovó Olga, Quico (meu pai) , Durval (meu segundo pai) , "tia" Alzira, tio Raul, tia Yara, tia Dadá, tio Affonso, tio Odair, tio Dalmar...

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