23 agosto 2007

A ponte do canto das águas

Nosso sítio é cortado pelo lendário Ribeirão do Onofre . Devido à topografia montanhosa de nossa região, este curso d´agua precipita-se em cascatas e cachoeiras em algumas propriedades (inclusive a nossa conforme mostra a foto do blog). De um lado do Onofre está a Serra do Itapetinga. Do outro, o bairro Água Espraiada. Ao longo da estradinha, uma das pontes (bem em frente ao nosso sítio), por onde passa o rio ligando estas duas regiões, cedeu parcialmente recentemente, fazendo com que finalmente os órgãos (in)competentes tomassem as providências cabíveis. Até então, eu costumava a dizer que a ponte era sempre remendada com saliva e chiclete. Depois do processo de restauração dos alicerces, veio a parte mais delicada e durante três dias esta passagem ficou interditada. Para nós não foi tão ruim assim, pois além de ficarmos sem movimento nenhum (apesar deste paraíso em que vivemos, o vai e vem do tráfego na estrada ás vezes chega a incomodar bastante), tínhamos a opção de uma das entradas alternativas do sítio que fica do outro lado da ponte. Muito embora tivéssemos que atravessar uma boa faixa à pé (incluindo uma pequena ponte interna) para chegar até o carro, que lá ficou estacionado por dois dias para nossas idas e vindas. Transtorno mesmo foi para outros moradores que tinham que dar uma grande volta utilizando-se de estradas de terra para saírem (e chegarem) de seus sítios ou casas em condomínios. Para os pedestres (os únicos a terem acesso mesmo durante a restauração) foi feita uma operação diferente: ficava um ônibus de cada lado da ponte para a baldeação. Hoje, o tráfego foi restabelecido e a vida volta ao normal. Só falta o "rescaldo", já que a fachada do sítio ficou bem detonada com as obras e seus entulhos. Segundo os responsáveis, esta ponte dará lugar a uma definitiva, com vigas metálicas e cimento, ao contrário desta que foi restaurada com toras de eucalipto e terra sob o asfalto. Veremos.

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