20 julho 2006

ACABOU

O nascimento do João Pedro foi determinante para que eu tomasse coragem e não hesitasse numa difícil decisão há muito necessária: parar de fumar. Decisão esta que a Débora, por sua vez, já havia tomado na gravidez. Não obstante ao fato dos males do tabaco serem evidentes em meu organismo (tosse freqüente, pigarro, aquele catarro matinal... somente para citar os mais visíveis), ver a evolução do João Pedro nesses 3 primeiros meses mexeu muito com meu senso de responsabilidade. E não há como dissociar esta responsabilidade de minha saúde, no presente e no futuro, quando se trata de tentar ao máximo garantir estar vivo e saudável para cuidar deste maravilhoso serzinho que é ele. Depois de algumas tentativas frustradas no passado, a idéia era projetar uma nova data “símbolo” para esta decisão: os 50 anos que farei no próximo ano. Mas para o bem do João Pedro (além do meu próprio, é claro), para quebrar esta auto-aposta nas canelas, e quem sabe, para exorcizar aqueles que, mesmo inconscientemente, olharão com desconfiança minha coragem, deixo aqui esta postagem em tom de desafio antecipando esta necessidade. Tudo começou aos 13 anos (isso mesmo, cedo né?) com a marca dos esportes emocionantes – Hollywood - e eu fazendo pose de sabe-tudo com o cigarro queimando entre os dedos. Depois vieram as marcas estrangeiras quando morei em Londres (Camel, Silk Cut, Marlboro...). Por fim veio o Free, com sua propaganda ilusória de causar menos danos à saúde. Ao todo são cerca de 36 anos detonando meus pulmões. Se não for tarde de mais, com certeza um dia João Pedro vai “me pegar no pé” por não ter parado antes. E no que depender de mim ele jamais colocará um cigarro na boca. Aos meus amigos fumantes, fiquem tranqüilos, pois não serei um ex-fumante chato nem retirarei os cinzeiros da casa.

Nenhum comentário: