
Esta madrugada perdemos a Sarah, filha do Toby (morto no ano passado) e da Inga (que num gesto inaceitável e incompreensível ceifou a vida do nosso querido Popó há cerca de 20 dias), após uma noite de internação no hospital veterinário de Atibaia. Dois dias atrás estava largada num canto do canil, demonstrando uma fraqueza irreversível. Diante do quadro dramático, chamamos o nosso veterinário que diagnosticou, num exame clínico, ausência mortal de glóbulos vermelhos e plaquetas. Seu corpo era pele e osso. O estado dela era de tal gravidade que a aplicação de soro só aumentaria o risco de morte. Obra da doença do carrapato, que transmite um protozoário que vai destruindo as células sanguíneas e matando o animal aos poucos.
Partimos para uma operação desesperada de conseguir um doador de sangue para ela, na tentativa de salvar o animal.
O Marcão, amigo de grande coração e solidariedade, concordou em levar seu Dynamite - um pastor alemão de saúde invejável - como doador. Depois de uma trabalheira daquelas - o animal estava inquieto e tenso - conseguimos finalmente extrair 500ml de sangue.
O contraste do vigor físico do Dynamite com a fragilidade doente da Sarah era de se chocar.
A madrugada de sábado para domingo seria decisiva para a recuperação dela. Deixamos a clínica com ela já recebendo as primeiras gotas do sangue do Dynamite.
No domingo pela manhã ficamos sabendo que ela não resistira. Até esboçou uma reação, ficando de pé e abanando a cauda - atitudes totalmente improváveis horas antes. Mas não teve jeito.
E assim, lá se foi mais um de nossos "filhos": a nossa Sarah Vaughan.
Ela será enterrada aqui no sítio próxima ao pai e ao Popó.