
A vida é realmente uma sequência de intermináveis esquinas e surprêsas. Ora...quem diria? Era ele mesmo, o Jorginho "Sebion", do alto de seus 70 anos (na fala dele). Personagem único da noite paulistana dos anos 60.
Eu, inexplicavelmente, o reconhecera. Sabe-se lá porquê ou como. Coisas do HD que carregamos na memória emotiva que resiste ao tempo. Detalhe: este mesmo acaso havia ocorrido numa primeira vez, há muito tempo, final da década de 70, quando o vi no Boca da Noite, bar de MPB ao vivo, que ficava na Bela Vista.
Músico percussionista, integrante da orquestra do Pocho, onde a cantora, ou melhor dizendo, a "crooner", era nada mais nada menos que minha mãe: Alda Perdigão. Mas também companheiro das "baladas " de outrora, ao lado de meu velho e saudoso pai. O grande Quico. Locutor de uma belíssima voz, sedutoramente grave e envolvente.
São "encontros" que só a mágica da vida pode decifrar. 50 anos de histórias em 5 minutos de conversa.
Eu até anotei seu celular. Mas há ,na verdade, pouca chance de voltar a vê-lo. Será? Quem sabe...se o acaso se repetir neste ciclo, daqui outros 20 anos isso pode acontecer.
(foto: arquivo pessoal, Alda e Quico)
(foto: arquivo pessoal, Alda e Quico)